As Festas do Concelho de Ansião atraem milhares de residentes e visitantes de 9 a 12 de Agosto. Para o presidente da Câmara Municipal, António José Domingues, “este é um momento de afirmar Ansião a todos os níveis”, permitindo “mostrar que é uma terra onde é agradável crescer, viver e investir”.
TERRAS DE SICÓ (TS) – Mais uma edição das Festas do Concelho de Ansião. Para além dos espectáculos com artistas de relevo nacional e o tradicional Cortejo Alegórico do Povo, o que se pode esperar destas festas? A expectativa é grande em relação à edição deste ano?
ANTÓNIO JOSÉ DOMINGUES (AJD) – A expectativa é naturalmente elevada pelo facto de apresentar um novo formato, que foi desenhado para concentrar e realçar o que de bom se faz a nível cultural, empresarial e associativo no concelho. Neste espaço, o visitante poderá encontrar reunidos produtos, marcas que distinguem o nosso território, como o queijo, o vinho, o mel e o azeite, emoldurados por um contexto empresarial, que tem uma presença significativa na empregabilidade e na criação de riqueza.
TS – Quantos expositores estarão presentes? Nas próximas edições pretendem aumentar a participação do tecido empresarial?
AJD – Este ano teremos presentes cerca de 80 expositores, entre artesãos, empresários e associações. Um dos objectivos do Município é promover o tecido empresarial, seja ele concelhio ou da região, pelo que será sempre nosso intuito aumentar a visibilidade dos nossos produtos, das nossas empresas, dos nossos empreendedores.
TS – Quais as novidades desta edição?
AJD – Foi criado um novo conceito, que se pretende ousado e moderno e que vá ao encontro duma perspectiva mais contemporânea de eventos desta natureza, concentrando-se numa mesma área espaços de exposição, convívio e diversão, potenciadores de relações humanas, profissionais e institucionais. Este conceito será também uma oportunidade de firmar a marca Ansião Coração de Sicó enquanto projecto de desenvolvimento turístico para toda uma região com um reconhecido elevado potencial.
TS – Qual a importância destas festas para o concelho e para a região?
AJD – Trata-se de um evento com grande tradição, de encontros e reencontros, dado que acontece no mês em que os nossos emigrantes visitam a sua terra, tendo já um peso considerável na identidade do nosso povo.
Este é um momento de afirmar Ansião a todos os níveis, valorizando os produtos da terra, suas riquezas e suas gentes. É tempo de as nossas colectividades mostrarem algum do trabalho que desenvolvem nas mais variadas áreas e de o verem reconhecido por todos nós. É também uma oportunidade de Ansião ser, por estes dias, o centro das atenções e mostrar que é uma terra onde é agradável crescer, viver e investir.
TS – Quais os desafios para o concelho de Ansião?
AJD – Os desafios são sempre muitos, porque o nosso grande objectivo é tornar Ansião cada vez mais atractivo e acolhedor para quem aqui vive e para quem nos visita. Temos pela frente o desafio da afirmação do concelho e isso só se consegue com políticas de desenvolvimento económico, de equidade social, com uma aposta clara na diversificação cultural, na promoção do território, às quais devemos acrescentar uma componente de inovação e criatividade.
TS – No feriado municipal foi apresentada a nova estratégia de desenvolvimento turístico ‘Ansião Coração de Sicó’. Já começaram a implementar esta estratégia? Quais as medidas e iniciativas que pretendem levar a cabo a curto médio prazo?
AJD – Estamos a trabalhar para que “Ansião Coração de Sicó” possa ser o “leitmotiv”, ou seja, o fio condutor que vai unir toda a dinâmica de promoção do território, potenciando o que de melhor temos para oferecer: paisagem, gastronomia e património histórico e cultural. Este é um processo dinâmico e em permanente construção, abrangente e integrador de várias interações, iniciativas e actividades que promoverão o território. A valorização do “Ciclo do Pão”, do património natural, do rio Nabão e da sua nascente, o eixo da romanização, a valorização e afirmação do mosaico, a aposta e desenvolvimento dos produtos endógenos, o desenvolvimento e aposta no mundo rural são algumas das medidas ancoradas na estratégia de desenvolvimento turístico que pretendemos concretizar.
TS – Na abertura das Festas da Amizade revelou que o Município pretende adquirir os terrenos do Arqueossítio do Carvalhal. De que forma pretendem valorizar aquele espaço?
AJD – O município continua interessado na valorização do seu território e na afirmação do eixo da romanização, para isso é importante e imprescindível continuar a exploração dos vestígios existentes no Carvalhal. Podemos estar em presença de vestígios que se poderão tornar em importante património arqueológico que valorizará e se interligará com o património arqueológico do Complexo Monumental de Santiago da Guarda.
TS – Há cerca de um ano, o então executivo municipal abriu o processo de alienação do Loteamento Municipal de Santiago da Guarda. Como está este projecto? Tem havido procura pelos respectivos lotes?
AJD – O loteamento previsto em Santiago da Guarda poderá permitir, se para tanto se verificar haver interessados na sua aquisição, a fixação de pessoas na sede da freguesia. Como sabemos os dois anteriores processos de hasta pública ficaram desertos, isto é, não houve interessados na aquisição de lotes. Iremos brevemente avançar com nova hasta pública, num momento em que os rendimentos das famílias verificam alguma melhoria e estabilidade e onde o sector imobiliário ganha uma nova dinâmica. Esperamos que a melhoria e a dinamização dos mercados possibilitem agora a venda dos lotes, indo assim ao encontro da expectativa de todos os que veem naquele espaço uma forma de fixar pessoas e de desenvolver Santiago da Guarda.
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