A imigração tem sido em anos recentes um tema emergente muito à conta da chegada em massa de gentes vindas do Norte de África ao Sul da Europa.
São aos milhares os que procuram uma vida melhor no sonho Europeu e tentam a sorte das mais variadas maneiras, com destaque para a via marítima pela travessia do Mediterrâneo, muitas vezes com o sacrifício da própria vida.
São pessoas com uma mão cheia de nada que partem para um mundo muito diferente do seu à procura de um futuro.
Também num espaço temporal ainda não muito distante, e por via da crise da desagregação da antiga União Soviética, muitos foram os que chegaram à Europa em busca de melhor vida, e contrariamente ao caso anterior, Portugal também esteve entre os escolhidos. Muitos por cá ficaram, sendo que a maior parte partiu já durante a crise que assolou o País.
Numa Europa cada vez mais envelhecida e culturalmente mais próxima, a imigração vinda do leste não foi vista como um problema, mas antes sim como uma oportunidade de rejuvenescimento populacional e mão-de-obra.
Se por um lado a imigração, como acontece no primeiro caso, é muitas vez, mas nem sempre assumida, vista como um problema devido à ausência, ou impossibilidade, de controlo de quem chega, bem como das diferenças culturais e religiosas, esta poderá também ser vista como uma janela de oportunidade para o problema do envelhecimento populacional a que a Europa está votada, com particular destaque para Portugal onde os estudos apontam para uma diminuição populacional na ordem dos 2 milhões para o ano 2050. Com todas as consequências que isso acarreta.
Assim sendo, desenvolver políticas objectivas e fundamentadas de fixação de imigrantes nos Países da Europa que precisam de “injectar” gente activa nas suas estatísticas demográficas pode ser um dos caminhos alternativos.
Para o caso particular, também as Autarquias com baixa densidade populacional do Interior ou Litoral, poderão promover e desenvolver politicas à escala local e/ou regional com a finalidade de trazer e fixar pessoas vindas de outras partes do Mundo. Com especial enfoque, sem querer criar polémica de cariz discriminatório, com os Povos culturalmente mais próximos.
Actualmente, e porque uma coisa leva a outra, existem concelhos que sentem particularmente este problema ao ponto do sector empresarial que resolve investir nos locais por motivos vários, ter dificuldade em encontrar mão-de-obra local. Sabendo nós que o emprego é a base para uma sociedade funcionar.
Politicas integradas ou não ao nível regional, mas eventualmente aproveitando sinergias pré-existentes noutras dimensões que possam facilitar um processo que é complexo. Por exemplo, criada a “sub-região” Terras de Sicó, porque não discutir a questão ou criar um Fórum a este nível, aproveitando algumas variáveis criadas e direccionadas para outros fins?
Achamos pois para o caso Português e para os Concelhos/Regiões com baixa densidade populacional que esta possa ser uma oportunidade.
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM