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Dia do Município: Condeixa de olhos postos na sustentabilidade ambiental

24 de Julho 2018

O presidente da Câmara Municipal de Condeixa, Nuno Moita, colocou hoje a sustentabilidade ambiental como uma das “maiores marcas” do actual momento de governação autárquica, realçando um conjunto de projectos naquela área, fundamentais para “o futuro das próximas gerações”.

“Decidimos dar prioridade a um conjunto de projectos, nomeadamente através do incremento de medidas de eficiência energética e, não menos importante, das obras que vão permitir aumentar a cobertura da rede de saneamento básico no concelho para os 95 por cento. Trata-se de um investimento de grande envergadura, de 2,8 milhões de euros, co-financiados pelo município e, em grande medida, pelo POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos”, realçou o autarca ao discursar na sessão solene comemorativa do Dia do Município, que hoje se assinala.

Nuno Moita aludiu ao trabalho que está a ser desenvolvido para “melhorar a eficiência e sustentabilidade ao nível ambiental, económico e social”, destacando a aposta na reabilitação urbana e no combate ao despovoamento do centro urbano de Condeixa, “uma preocupação cada vez mais presente nos nossos dias, em todas as cidades”.

O PARU – Plano de Acção de Regeneração Urbana vai contribuir para o desiderato autárquico, através da reabilitação da antiga fábrica Cerâmica de Conímbriga para a instalação de um centro de indústrias de criativas, “que incentive o desenvolvimento tecnológico de um dos nossos sectores mais tradicionais, a cerâmica, aliando a tradição à inovação e ao empreendedorismo”, bem como o centro de coworking, em fase final de conclusão, que irá funcionar na antiga escola feminina, “pensado para acolher seis pequenas empresas ligadas ao turismo e hotelaria, com cerca de 25 pessoas a trabalhar em simultâneo”.

“Sob o mote (Re)Centrar Condeixa, o PARU, que tem um investimento associado de quase 1,6 milhões de euros, tem vindo a desenvolver várias intervenções no sentido da qualificação e revitalização urbana, nomeadamente através da reabilitação urbanística e ambiental do espaço público, do edificado e das infra-estruturas e equipamentos, mas também do desenvolvimento de projectos como o Estudo Global do Projecto de Urbanismo Comercial de Condeixa e o Plano Local de Promoção de Acessibilidade”, salienta o edil, anunciando a intenção de “agora acelerar esse investimento, aproveitando os fundos comunitários disponíveis, para evitar a degradação do núcleo mais antigo de Condeixa, numa perspectiva actualizada da reabilitação urbana como suporte de alavancagem do desenvolvimento económico”.

Já para a presidente da Assembleia Municipal, Anabela Lemos, Condeixa, “onde é muito bom viver, (…) tem tudo para dar certo”, destacando as vias de comunicação como um factor importante. “Todas as auto-estradas e IC´s vêm desembocar em Condeixa, e quem sabe se um dia não teremos um aeroporto perto de nós”, referiu, numa alusão à pretensão do autarca de Coimbra, Manuel Machado, de avançar com tal infra-estrutura no aeródromo de Cernache/Antanhol.

“Casas Armoriadas”

Numa sessão que contou com intervenção musical do Coro Infantil e Juvenil da Câmara Municipal de Condeixa, foi apresentado, por José Machado Lopes, o livro “Casas Armoriadas – Escultura Heráldica Pétrea e Azulejar de Família, de Instituições Locais e Nacionais e Profissionalizante. Visita ao Território: Condeixa-a-Nova, Conímbriga, Condeixa-a-Velha, Anobra, Ega, Furadouro, Sebal, Vila Seca e Zambujal”, da autoria de Miguel Pessoa, Paulo Archer de Carvalho, Fátima Bandeira e Pedro Sales, com fotografias de Francisco Pedro.

“O que trazemos à reflexão neste escrito é como que uma proposta de itinerário, em jeito de visita ao território, por uma das facetas específicas do património construído, por vezes pouco olhado, valorizando a escultura heráldica de famílias e instituições, monogramas e heráldica profissionalizante, tendo em conta a sua importância artística e a necessidade da sua conservação”, salientou Fátima Bandeira, convicta que esta “inventariação, estudo e divulgação” poderá ser um bom contributo para atingir a elevação de Conímbriga a Património Mundial da Unesco.

       


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