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Politécnico de Leiria leva inclusão a monumentos e museus de Pombal

7 de Junho 2018

Monumentos e museus dos concelhos de Porto de Mós e Pombal vão estar acessíveis a todo o tipo de públicos a partir de segunda-feira, num projecto de inclusão realizado pelo Instituto Politécnico de Leiria.

“Cultura+Acessível” é o nome do projecto da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria que vem desde 2014 a promover a democratização da cultura na região de Leiria.

Depois dos monumentos e museus dos concelhos de Leiria e Batalha, o castelo de Porto de Mós, o castelo de Pombal e também o Museu de Arte Popular Portuguesa, em Pombal, vão ter folhetos acessíveis em braille, em escrita simples e linguagem pictográfica, que o Politécnico de Leiria desenvolveu.

A coordenadora do mestrado em Comunicação Acessível da ESECS e do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID), Célia Sousa, explicou à agência Lusa que os pontos históricos e turísticos podem agora ser visitados em pleno por “visitantes cegos, baixa visão e com dificuldades intelectuais ou baixa literacia”.

O projecto nasceu do trabalho desenvolvido pelos estudantes do mestrado em Comunicação Acessível em parceria com o Observatório em Inclusão e Acessibilidade em Ação (CICS.NOVA-iACT) e com o CRID.

“Em 2014, foi proposto aos alunos que tornassem acessíveis as ementas dos restaurantes da cidade de Leiria, adaptando-as para braille. Depois, decidimos alargar aos espaços culturais. O Mosteiro da Batalha fez o desafio de criar guiões para cegos”, revelou.

Célia Sousa acrescentou que foi ainda elaborado um “vídeo em língua gestual que pode ser descarregado no ‘smartphone’” e foi criado “o primeiro guião pictográfico para o Mosteiro da Batalha, que será o primeiro no mundo”.

Além da ferramenta física, é também possível descarregar em formato digital, “o que tem sido muito utilizado pelas escolas”.

“Este ano, coloquei o desafio aos alunos de ampliar o acesso à cultura em Porto de Mós e Pombal. Os folhetos físicos serão entregues amanhã [sexta-feira] aos Municípios, mas é também possível disponibilizar em formato digital, se o solicitarem”, afirmou Célia Sousa.

O projecto tem como objectivo principal contribuir para a acessibilidade plena de todos os cidadãos, “democratizando a cultura”.

Os folhetos inclusivos dos castelos de Porto de Mós e Pombal, e do Museu de Arte Popular Portuguesa, estão em braille e em linguagem pictográfica.

Célia Sousa salientou que a planta do castelo de Porto de Mós vai também estar disponível com imagem em relevo para cegos. “Em 2018 não faz sentido não dar hipótese a todos para terem acesso à cultura”.

O objectivo desta responsável é continuar a alargar este projecto a todos os concelhos do distrito de Leiria. “É algo que demora algum tempo. Vamos continuar a colocar o desafio aos nossos alunos e outras coisas seremos nós a fazer”.

LUSA


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