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Luís Matias: Para a dimensão da tragédia “as coisas correram muito bem”

15 de Junho 2018

O presidente da Câmara de Penela afirma que o concelho foi dos menos afectados pelo incêndio de 17 de Junho de 2017, mas adianta que para a dimensão da tragédia “as coisas correram muito bem” quanto às medidas de emergência.

“Penela foi dos concelhos menos afectados, quer em área florestal ardida, quer ao nível das primeiras habitações. As coisas correram muito bem no que diz respeito às medidas de emergência”, afirmou Luís Matias.

O autarca realçou o esforço feito pelas próprias câmaras e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) em todo o processo: “Era difícil fazer mais rápido”.

“Ao nível das medidas estruturais, para aquilo que é a nossa ambição, são sempre insuficientes. O essencial tinha a ver com as habitações e o restabelecimento das condições às empresas. Foi tudo feito, sinceramente. Foram criadas todas as condições para corrigir as consequências e os prejuízos que decorreram do incêndio”, frisou.

Luís Matias disse mesmo que para a dimensão da catástrofe “as coisas correram muito bem” na perspectiva daquilo que foi a ajuda de emergência e de restabelecimento das condições anteriormente existentes.

“Na perspectiva estrutural, como sabe, está a ser exigido um investimento colossal aos municípios na limpeza da gestão de combustíveis, na rede viária e nos espaços industriais. Está a ser feito um investimento muito grande e vamos ver se estamos melhor preparados para o próximo verão”, disse.

Apesar deste investimento na prevenção estrutural, “como nunca foi feito”, o autarca continua a achar que Portugal tem a severidade das condições climatéricas e não é comparável com outros países da Europa.

Já sobre a implementação do Programa de Revitalização do Pinhal Interior, defende que é preciso avançar com financiamentos acrescidos.

“Há muito investimento ainda a fazer. De uma vez por todas, a questão da coesão territorial e da coesão social, depende se querem ou não fazer do Pinhal Interior, efectivamente, um território-piloto para um conjunto de novas propostas e de novos modelos de desenvolvimento territorial. Tem que ser uma coisa muito mais estrutural”, concluiu.

LUSA


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