A Associação Empresarial Serra da Lousã (AESL) manifestou hoje profunda preocupação pelos sucessivos aumentos dos combustíveis, que penalizam sobretudo os empresários do Interior, obrigados a percorrer maiores distâncias em vias mais congestionadas.
“Na óptica das empresas da região Interior, que se caracterizam em pequenas e médias empresas, estes sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis traduzem-se em graves problemas que poderão comprometer o seu bom funcionamento e competitividade”, refere em comunicado aquela estrutura sediada na Lousã, no interior do distrito de Coimbra.
Segundo a AESL, grande parte das pequenas e médias empresas daquela zona “necessitam de se deslocar entre localidades com quilómetros consideráveis e muitas vezes com acessos desadequados, nomeadamente o caso do IP3 e EN17 que, por problemas de dimensão, têm muita dificuldade em fazer repercutir o aumento do preço dos combustíveis nos preços dos produtos e serviços prestados”.
A associação, que representa cerca de 220 empresas de oito concelhos, considera que a carga fiscal sobre os combustíveis “traz impactos negativos para a economia, que a curto e médio e prazo resultará em aumentos sucessivos nos preços de venda de produtos e serviços”.
“Esta necessidade de aumentos dos preços não será suportada pelo cliente final e como consequência originará graves problemas financeiros nas empresas do interior e/ou o deslocamento das mesmas para o litoral”, alerta.
De acordo com a AESL, “esta nova realidade irá abrir uma grande porta para a entrada massiva de empresas espanholas no mercado nacional, de onde resultará mais um factor para a estagnação do Interior”.
As empresas sentem dificuldades “quase insustentáveis e neste sentido é imperativo olhar para o aumento dos combustíveis como um impacto extremamente negativo e urge a tomada de medidas das entidades competentes”, advoga a associação.
LUSA
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