A Assembleia Municipal de Pombal, no distrito de Leiria, aprovou na quinta-feira uma proposta que pede ao Ministério da Educação para rever o número de turmas a financiar nos colégios com contratos de associação para o triénio 2018/2021.
O documento, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, começa por referir que Externato Liceal de Albergaria dos Doze, Instituto D. João V (Louriçal), Colégio Cidade Roda (Redinha) e Colégio João de Barros (Meirinhas) são estabelecimentos de ensino com décadas de existência, tendo “um papel importante na coesão da população”, na “dinamização da economia local” e “na formação e educação dos jovens.
Segundo a proposta, subscrita pelo PS e PSD e aprovada por maioria na Assembleia Municipal de Pombal, “o Ministério da Educação não assegurou a comparticipação financeira dos alunos que procuram estes estabelecimentos de ensino”, situação que “traz constrangimentos diversos às famílias e aos jovens que se veem desenraizados da sua terra de origem”.
Por outro lado, alertam que “mesmo que o ensino público da região tivesse capacidade para absorver todos os alunos de turmas não comparticipadas, não daria uma resposta eficiente e satisfatória do interesse das famílias e alunos daquelas localidades”.
A aprovação da proposta ocorreu depois de um conjunto de pais e alunos do Externato Liceal de Albergaria dos Doze ter protestado junto aos Paços do Concelho contra a redução de turmas neste estabelecimento de ensino. Logo depois marcaram presença na reunião deste órgão, onde apresentaram as consequências da redução de turmas para as famílias e para a freguesia.
À agência Lusa, o presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus, que na segunda-feira vai ter uma reunião no Ministério da Educação, em Lisboa, onde este assunto e outros serão abordados, considerou que a aprovação da proposta demonstra uma “posição inequívoca” de “condenação de opções políticas que têm consequências para as famílias e que vão atrasando os territórios”.
Exemplificando com a situação de alunos do Externato Liceal de Albergaria dos Doze que, devido à redução de turmas, terão de ir para uma escola pública a 18 quilómetros, Diogo Mateus (PSD) assinalou que isto revela as “consequências dramáticas” das opções políticas.
Para o autarca, “é péssimo para a escola, muito mau para as famílias e seus filhos, e para os territórios”, destacando que “o que acontece na banca, nos contratos de associação, na política de saúde demonstra que o Estado está a diminuir, a secar, a matar os territórios”.
“É para abandonar, fechem-se as escolas, os bancos, os Correios, prejudique-se a saúde”, com “desprezo e desconsideração pelas autarquias que não são ouvidas na avaliação séria sobre os territórios”, ironizou.
LUSA
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