A empresa tecnológica de Coimbra Wit Software lança na quarta-feira o Woodpecker, sistema que avalia uma situação de emergência em tempo real e gera alertas para serem enviados às populações por telemóveis, telefones fixos ou sinos de igrejas.
Uma nota de imprensa enviada à agência Lusa pela Universidade de Coimbra explica que o sistema “parte da recolha de informação proveniente de fontes diversas, entre as quais dois satélites da NASA” (agência norte-americana), e foi desenvolvido por uma equipa de 10 engenheiros daquela empresa, especialista em soluções de ‘software’ para operadores de telecomunicações móveis a nível mundial.
O Woodpecker é lançado na quarta-feira, pelas 18h00, na Sala do Senado da Universidade de Coimbra (UC).
A sessão conta com a participação da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa; da presidente do Instituto Pedro Nunes (IPN), Teresa Mendes; do reitor da UC, João Gabriel Silva; e de familiares de vítimas dos incêndios ocorridos no verão de 2017.
“Antes de avançar para a arquitetura do dispositivo, a equipa realizou um estudo sobre os vários sistemas análogos existentes um pouco por todo o mundo, desde a Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, Israel, Japão e Singapura até à Alemanha, Bélgica, Finlândia, França, Noruega, Polónia, Reino Unido e Rússia, entre outros”, lê-se na nota de imprensa.
A informação destaca ainda que, ao todo, foram analisados sistemas de aviso de emergência de 29 países. A equipa explorou os pontos fortes e as fragilidades de cada sistema e avançou depois para o desenvolvimento do sistema Woodpecker.
O presidente da WIT Software, Luís Moura e Silva, citado na nota de imprensa, destaca que se trata de um “sistema de aviso preventivo que é accionado em suportes diferentes”.
“Em caso de incêndio, o sistema permite a visualização em mapa da evolução da situação e gera alertas atempados para serem enviados às populações pelos responsáveis da protecção civil. Os avisos são enviados para os telemóveis, utilizando SMS geolocalizados, para telefones fixos e para dispositivos electrónicos que serão acoplados aos sinos e altifalantes das igrejas”, explica.
O responsável desta empresa que teve origem na Universidade de Coimbra diz também que pretende oferecer o sistema aos governantes do país e “colocar o software em domínio público para que outras instituições, nomeadamente centros de investigação de instituições do ensino superior, possam melhorá-lo”.
O sistema foi desenvolvido em regime pro-bono, no âmbito da política de responsabilidade social da empresa, e pode ser aplicado em várias outras situações de emergência além de incêndios, como cheias, inundações e terramotos.
LUSA
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