O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, sugeriu hoje que a Região de Turismo do Centro possa vir ter a designação de Coimbra – Centro, como acontece com a Região de Turismo Porto – Norte.
Segundo o autarca, se existe a Região de Turismo Porto – Norte, por qual razão a Região de Turismo do Centro “só há de ser Centro?”.
“Eu também gostaria mais, como presidente da Câmara da Guarda, que se chamasse Guarda – Centro ou Centro – Guarda, mas vamos ser francos, com todo o respeito pelas outras cidades, e não me levem a mal na Região Centro, eu acho que uma grande marca da Região Centro é Coimbra e podia ser a Região de Turismo Coimbra – Centro”, defendeu.
Álvaro Amaro falava na sessão de abertura do quinto Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que hoje começou na Guarda com a presença de cerca de 500 participantes e que tem como objectivo debater o presente e o futuro do turismo nacional.
“Pois bem, mas é [Região de Turismo do] Centro, é Centro. Só que o Centro tem uma riqueza tal que no seu seio tem marcas distintivas e daí o esforço hercúleo do presidente do Turismo do Centro [Pedro Machado] para conseguir englobar isto tudo nesta marca Centro”, reconheceu o autarca da Guarda.
Na sua intervenção, o responsável alertou ainda que no âmbito do quadro comunitário 2020/2030 é “o momento certo” para que as entidades definam a estratégia de “quais devem ser os instrumentos da política regional para acelerar os eixos estratégicos da política de turismo no interior de Portugal”.
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, alertou no seu discurso que, no âmbito da descentralização de competências, “não se corra o risco de querer municipalizar a actividade turística”.
“O que defendemos é uma articulação como estamos a praticar e que se faz na Região Centro entre o Programa Operacional, a Comissão de Planeamento e Coordenação, os vários programas de valorização dos produtos endógenos, que são os Provere, e a estratégia do Turismo alavancando depois a estratégia da promoção externa”, disse.
Pedro Machado disse esperar que o processo de desconcentração e de descentralização “não mine o sucesso que foi possível conquistar” nos últimos anos.
Na sessão de abertura dos trabalhos, também discursou Carlos Abade, em representação do Turismo de Portugal.
O responsável disse que a conferência que hoje começou na cidade da Guarda, no interior do país, é a sede própria para discutir os desafios com que se deparam o turismo interno e os territórios do interior.
Referiu que a Região Centro renasce da tragédia dos incêndios de 2017 e trabalha já com os olhos postos no futuro.
“Os recursos destes territórios são verdadeiramente inestimáveis. Desde logo, por autênticos e genuínos, povoados por gentes que sabem acolher como ninguém”, salientou Carlos Abade.
O Fórum de Turismo Interno, promovido pela Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, realiza-se hoje e na terça-feira na Guarda, depois de Viseu, Aveiro, Coimbra e Leiria terem recebido as sessões anteriores.
Durante os dois dias dos trabalhos que decorrem no Teatro Municipal da Guarda, são discutidos temas como “Turismo de Natureza: que desafios para a sustentabilidade?”, “Turismo de interior – desafios e tendências”, “Inovação, competitividade e coesão”, “Novas tendências na promoção dos destinos” e “Novas tendências da procura turística”.
LUSA
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