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NATÉRCIA MARTINS

Dia da Mulher

6 de Abril 2018

No dia 8 de Março comemora-se o Dia da Mulher.

Como não sou muito destas coisas o dia passou-me um tanto ao lado, não fora um rapazinho todo jeitoso, perto da Praça da República, me oferecer uma flor. Era uma gerbera (penso que se chama assim). Trazia preso no pé da flor um pequeno cartão a elogiar as mulheres.

Aceitei a flor e já em casa foi para junto de outras colocadas no centro da mesa da sala.

O gesto foi bonito. Trazia um ramo grande para oferecer a outras mulheres. Uma a uma.

Muito bem!

Mas porque será preciso um dia para elogiar as mulheres?

Todos os dias são dia da mulher.

São elas o pilar da casa. São elas que arrumam, lavam, limpam, cozinham, todos os dias. Carregam com elas, durante nove meses cada filho, dentro da barriga. Foi a elas que Deus deu a capacidade de produzir o leite com que amamentam o filho nos primeiros meses de vida. Sempre as mulheres!

São as mulheres que viram leoas quando lhes maltratam os filhos. São capazes de tudo.

Há homens que “ajudam” as mulheres nas tarefas caseiras. A esses “ tiro o meu chapéu”.

Ajudam? De quem é a casa? É dos dois. Do casal. Então também a responsabilidade de tratar da casa e dos filhos pertence aos dois. Nem todos pensam assim.

Porquê, então um dia específico? Todos os dias e em todas as ocasiões é a mulher que está ali e que depois do trabalho igual ao homem, chega a casa e há o jantar, a loiça, a roupa, os filhos para dar banho e pôr na cama. A regra é esta.

Quando pequenos ainda há que arranjar força e cantar uma canção de embalar, na maior parte das vezes inventada ali mesmo, junto à cama do filho.

Dia da mulher é quando ela fica atrás de um balcão ou de guiché atendendo os clientes com toda a paciência possível. Quantas vezes com os olhos a querer fechar.

Dia da mulher é quando o marido chega a casa e encontra a comida na mesa feita com restinhos que havia no frigorífico, quase num milagre.

Dia da mulher é quando quebrando todas as barreiras, ela vai à luta, e trabalha a par com o homem, quer no mar, quer em terra. Elas pescam, cuidam das culturas, dos animais e dos filhos. A delicadeza de um bordado ou uma toalha feita em crochet nos tempos que conseguem roubar ao trabalho ou mesmo ao descanso.

Há muitas que, quando seria impensável se destacaram na escrita, na pintura, no desporto.

Desde tempos imemoriáveis, que lá está a mulher sempre em primeiro plano. Foram elas, as Santas Mulheres, que se apresentaram a confortar e tratar de Jesus Cristo junto da cruz, quando a sua morte. Depois ainda foram as mulheres que levaram perfumes e essências junto do sepulcro.

Se folhearmos uma revista é a mulher que a embeleza com a sua roupa colorida e delicada.

O homem é o complemento da mulher. Pelo menos devia ser. E muitos são.

A mulher não é aquele ser frágil que parece à primeira vista.

Elas têm a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Qual o homem que alguma vez será capaz de se equilibrar e andar com sapatos de salto alto, que dão à mulher a leveza e elegância de uma garça.

Todos os dias são “Dia da Mulher”.


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