Já começou a edição 2018 do Festival de Teatro de Pombal, que no passado fim-de-semana levou cinco espectáculos de três companhias diferentes às freguesias de Vermoil, Almagreira, Pelariga, Carriço e Abiul, e promoveu uma oficina criativa na Biblioteca Municipal.

O acolhimento que os espectáculos têm nas freguesias tem sido um dos aspectos mais positivos deste Festival, que prima pela democratização e pela descentralização do acesso ao teatro e à cultura, em especial junto das populações de áreas mais rurais do concelho de Pombal.

Ao longo de três dias, o teatro imperou nos cinco auditórios por onde passou, constituindo já um evento obrigatório para as populações das freguesias do concelho, com especial atenção para os mais novos, que vibraram com as histórias do pequeno João Pateta, a marioneta que não conseguia acertar com os recados que a mãe lhe pedia.

Em Vermoil, Pelariga e Abiul, a companhia Historioscopio – Teatro de Marionetas contou de forma animada a história desse João, que era pateta, mas que, apesar das suas peripécias e da sua natureza de menino distraído, mostrou ser sempre um menino bem intencionado.

Em Almagreira, houve animação para os mais velhos, com o Teatro Amador de Pombal, que levou ao palco do Salão Polivalente daquela freguesia a peça Lusíadas?, que, recorrendo a um humor contagiante, contou os feitos dos portugueses retratados na epopeia escrita por Luís Vaz de Camões.

A terminar o primeiro fim-de-semana do festival, casa cheia no Parque Social do Cabeço, na freguesia do Carriço, onde a população local pôde assistir à peça Confrontos, encenada pelo Grupo Amador de Teatro de Almagreira, e que, num registo mais sério, retratou alguns dos problemas com que a sociedade se confronta diariamente, como a falta de diálogo familiar, o bullying e a violência verbal.

No sábado (3), a Historioscopio – Teatro de Marionetas ensinou, a um grupo de crianças e aos seus pais, as técnicas de construção de marionetas, numa oficina que teve inspiração nas personagens do livro do escritor chileno Luís Sepúlveda, História do Caracol que descobriu a importância da lentidão.

Festival regressa ao Teatro-Cine dia 10 de Março

Com a fasquia elevada pelo primeiro fim-de-semana do Festival de Teatro, os espectáculos continuam a 10 e 11 de Março, com o regresso do festival ao Teatro-Cine de Pombal.

São dois os espectáculos nesse fim-de-semana. O primeiro, no sábado (10), às 21h30, traz António Raminhos ao palco do Teatro-Cine, prometendo dar ao público de Pombal O Melhor do Pior, um espectáculo standard de Stand Up Comedy, que tem já lotação esgotada.

No domingo (11), às 17h00, a companhia Radar 360º mostrará a Pombal o seu Projecto Secreto – episódio 1, que conta a história de duas personagens que vivem numa casa repleta de controles e comandos, que se encontra em constante ebulição. Este espectáculo repete-se no dia 12, às 10h30, para o público escolar.

O festival prolonga-se até ao dia 18 de Março, fechando o cartaz deste ano em grande, com a companhia Teatro Só, companhia portuguesa sedeada na Alemanha. Esta traz-nos dois espectáculos de poesia visual, que estarão ao dispor ao público, de forma gratuita, no Jardim do Cardal. Somente, no dia 17, às 17h00, e Sorriso, no dia 18, também às 17h00, são as propostas que o Teatro Só apresentará.

Antes, a 15 e 16 de Março, o Teatro-Cine recebe mais duas peças, para públicos variados. No dia 15, subirá ao palco a Companhia da Chanca, com a peça Sítio (14h30), um espectáculo dedicado ao público escolar e sénior. No dia 16, às 21h30, será apresentada a peça Bamba Vamba Wamba, da autoria da ESTE – Estação Teatral.

“Esta é uma viagem que se faz em boa companhia. Aceite o nosso convite e assista a vários espectáculos de beleza teatral ímpar!”, desafia a autarquia pombalense. Mais informações sobre o Festival de Teatro em www.cm-pombal.pt.