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Câmara de Ourém rejeita responsabilidades em poluição no rio Nabão

5 de Março 2018

A Câmara de Ourém rejeitou hoje qualquer responsabilidade na poluição no rio Nabão, situação que hoje foi objecto de queixa por parte do Município de Tomar.

“Neste momento, não temos qualquer dado que nos indique que a alegada fonte poluidora está no nosso concelho”, afirmou o vice-presidente da autarquia de Ourém, Natálio Reis.

Segundo o autarca, “o município não tem registadas junto ao troço do rio Nabão que atravessa o concelho indústrias poluentes que possam ter provocado a queixa do município de Tomar”.

A Câmara de Tomar apresentou uma queixa à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), à GNR e à PSP, “face aos focos evidentes de poluição existentes no rio Nabão desde ontem [quinta-feira], dia 01 de março”, anunciou hoje o município.

A presidente da autarquia de Tomar, Anabela Freitas, adiantou que pediu uma audiência com carácter de urgência ao ministro do Ambiente, porque os episódios de poluição no rio Nabão se repetem “há vários anos e urge identificar as suas origens”.

Anabela Freitas disse que as descargas poluentes no rio em momentos de aumento de caudal têm sido “recorrentes”, tendo a situação ocorrida na quinta-feira (1) sido “por demais evidente”, pela dimensão que assumiu durante o dia e pelo agravamento registado à noite.

A autarca esclareceu que a poluição não é hoje tão visível, porque devido à subida do caudal do rio foram abertas as comportas, adiantando que o próprio município recolheu amostras para análise num laboratório certificado e que, depois da queixa apresentada junto da APA, esta enviou igualmente inspectores para o terreno.

O vice-presidente da Câmara de Ourém explicou que a autarquia foi hoje informada pela APA de que “iria fazer uma acção de fiscalização às estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do Alto Nabão, na freguesia de Formigais, e de Seiça, na Sabacheira, concelho de Tomar, mas pertença de Ourém.

“Os nossos técnicos acompanharam a inspecção e não detectaram nenhuma anomalia, nem na entrada do efluente, nem na saída deste após tratamento”, garantiu Natálio Reis.

O responsável acrescentou que “se detectou que a água de drenagem dos terrenos agrícolas e outros que desagua no rio Nabão próximo da ETAR do Alto Nabão vinha com espuma”.

“Os técnicos da APA constataram que a espuma era uma situação natural decorrente do escorrimento da água pelos terrenos”, assegurou Natálio Reis.

A ETAR na Sabacheira tem sido apontada como eventual fonte de poluição.

Segundo Anabela Freitas, foi feita uma visita a montante e a jusante desta estrutura. Contudo, há outros locais de descarga, sendo várias as origens possíveis, pelo que apelou à sua identificação célere.

LUSA


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