As primeiras três empresas estão a instalar-se na incubadora ‘Alvaiázere Mais’, localizada no último piso do edifício das Finanças. Por enquanto, foram assinados dois contratos de incubação, mas o terceiro está por dias, pois sendo uma empresa de nacionalidade estrangeira demorou mais tempo a reunir toda a documentação. A formalização destes acordos aconteceu no passado sábado (27), no âmbito da comemoração do Dia do Empresário, que ficou ainda marcado pela assinatura de seis protocolos de cooperação com parceiros locais.
“Temos já três empresas a trabalhar e quatro interessadas em instalar-se na incubadora”, revelou ao TERRAS DE SICÓ a presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere, Célia Marques, realçando que “assinámos também seis protocolos de parceria com entidades locais, contudo temos já 25 parceiros com ligação efectiva criada”.
Os Institutos Politécnicos de Leiria e de Tomar, a Nerlei, a ETP Sicó e todos os gabinetes técnicos locais (solicitadores, advogados, contabilistas, consultores e seguradoras) são alguns destes parceiros, adiantou a edil, salientando que “a rede nunca está fechada, pois vai sendo reforçada consoante a realidade e as necessidades que nos forem surgindo”. Tendo em conta que a rede de parceiros poderá “apoiar os empresários nas mais diversas fases do seu negócio e dar resposta às necessidades das empresas”, a autarca não tem dúvidas de que “as vantagens desta rede de parceiros são muitas”.
A incubadora “disponibiliza um conjunto de serviços que vão desde o apoio técnico a projectos de licenciamento, desde aconselhamento e acompanhamento técnico na preparação de uma ideia de negócio, desde apoio e orientação na preparação ou na concepção de projectos de candidatura a fundos comunitários à ligação a possíveis parceiros que sejam vantajosos”, esclareceu Célia Marques, apontando ainda a “orientação e captação de novos projectos”.
Aliás, “já se nota que estamos a ir ao encontro dos nossos objectivos”, afinal “temos conseguido atrair empresários, inclusivamente de fora do concelho”. Para a concretização desse objectivo tem contribuído “esta dinâmica, este espírito e este ambiente que estamos a conseguir criar paulatinamente” com actividades todos os meses para “mostrar que a incubadora é mais que um espaço físico” e “transmitir este dinamismo e ambiente diferenciador que se vive em Alvaiázere”.
O ambiente diferenciador não se restringe à organização de actividades, sessões e formações todos os meses, mas também às condições físicas desta incubadora e de um segundo pólo com dormitório, que vai ocupar o edifício da antiga escola básica de Alvaiázere, cujas obras de reabilitação já arrancaram.
De salientar que as empresas que estão a iniciar actividade na incubadora são da área têxtil, formação e outra relacionada com a manutenção e controlo dos pórticos das portagens.
Gabinete apoia mundo rural
Outra das novidades do Dia do Empresário foi a assinatura de um protocolo de colaboração entre a ADECA (Associação De Desenvolvimento Integrado do Concelho de Alvaiázere) e a Confagri (Confederação Nacional das Cooperativas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL), que visa a criação de um Gabinete de Apoio ao Mundo Rural em Alvaiázere. Esta estrutura, que deverá entrar em funcionamento durante este mês de Fevereiro, pretende constituir-se como uma unidade de apoio técnico aos agricultores e a todos aqueles que queiram dinamizar explorações ligadas ao sector primário.
“Até agora, os agricultores e produtores que quisessem uma guia para transportar de animais, registar um animal, identificar as parcelas de terreno, requerer subsídios para agricultura ou oliveiras, entre outros, tinham de dirigir-se à CASAN em Ansião”, disse ao nosso jornal o presidente da ADECA, Bruno Sousa, salientando que “a partir de agora vão poder passar a resolver todos esses assuntos em Alvaiázere”, num gabinete que estará ainda habilitado para prestar “apoio técnico relativo à apresentação de candidaturas, preenchimento de formulários, registos, parcelário e bolsa de terras”.
“Estamos com muita expectativa quanto a este gabinete no sentido de conseguir mudar um bocadinho o trabalho que estamos a desenvolver, dando um apoio muito mais próximo ao tecido económico do sector primário”, realçou Célia Marques, consciente de que “há muito trabalho de apoio técnico que não conseguimos prestar sem uma instituição como a Confagri”. Portanto, “esta parceria é muito importante”, porque vem preencher uma lacuna no concelho, concluiu.
CARINA GONÇALVES
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