A Câmara de Ansião aprovou um conjunto de incentivos para fomentar a plantação de medronheiros, incluindo isenção de taxas, apoio material e entrega de exemplares, disse o presidente da autarquia.
“O objectivo da proposta é fomentar e incentivar a plantação da fileira do medronheiro, que é uma espécie autóctone e resiliente, e, ao fazermos isto, estamos a criar condições para que as pessoas optem por esta árvore”, afirmou António José Domingues.
Segundo o autarca socialista, o concelho, com seis freguesias, “tem já algumas zonas com pequenas manchas de medronheiro que, em termos de rentabilidade, não fica aquém do eucalipto”, mas quer chegar ainda mais longe.
A proposta, aprovada por unanimidade em reunião do executivo municipal, inclui o apoio à limpeza de terrenos onde já estejam plantados medronheiros e daqueles que serão objecto de igual iniciativa.
“É mais um factor de incentivo”, frisou António José Domingues.
A deliberação determina, por outro lado, a “isenção de todas as taxas municipais relativas às acções de plantação, designadamente quanto à destruição do revestimento vegetal, arborização, rearborização e fornecimento de plantas instrutórias dos respectivos pedidos”.
Contempla ainda “a assunção da responsabilidade pelo pagamento de todas as taxas que sejam devidas pelos promotores a entidades da Administração Central, pela emissão de pareceres/apreciações instrutórias” no âmbito dos processos de arborização ou rearborização.
Acresce o “apoio material à plantação, consubstanciado na entrega gratuita de exemplares” que, para plantações até 500, é total.
“Para plantações com mais de 500 exemplares, entrega gratuita de 500 exemplares, acrescida de 50 por cento do adicional de exemplares a plantar”, adianta o município.
António José Domingues destacou que o município tem de “preparar o território para ficar mais protegido e resistente aos incêndios”.
“Não fomos muito afectados com os incêndios de Junho do ano passado [2017], tirando uma pequena área junto ao limite do concelho com Figueiró dos Vinhos”, referiu o autarca, considerando, contudo, que o território é “de risco”, pelo que há a necessidade de “preparar a floresta para evitar a propagação de incêndios”.
O município vai igualmente celebrar um protocolo com a Associação Florestal de Ansião, à qual caberá divulgar e promover estas medidas, informou António José Domingues, assinalando que com esta entidade foi estabelecido um acordo há dois anos que permitiu plantar 15 hectares de pinheiro manso no concelho.
“Estamos disponíveis para investir o que corresponder à procura dos proprietários”, garantiu ainda o presidente do município.
LUSA
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